Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda. Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles! S A L M O S 139: 14-17 (ARA)
Um dia desses, enquanto assistia ao filme d’A Cabana pela segunda vez (foca na mensagem, não se o filme é teologicamente correto ou não), fiquei absurdamente em choque com uma simples metáfora. Se você me conhece, sabe que eu sou muito figurativa. Uso metáforas pra explicar como me sinto porque na maioria das vezes que tentei colocar os meus sentimentos em palavras percebi que é praticamente impossível conseguir me fazer compreendida pelas pessoas. Sempre sou mal interpretada ou superficialmente entendida (aliás, aprendi que até mesmo a minha necessidade de ser compreendida é um anseio a ser suprido somente pelo Senhor). Escrever sobre qualquer sentimento é um grande desafio, como disse ali em cima, mas vamos tentar.
Como pássaros que não voam.
A cena envolvia o personagem principal em uma conversa com Deus. Tratei de conseguir um trecho da história (no livro) pra você entender do que estou falando:
A maioria dos pássaros foi criada para voar. Para eles, ficar no solo é uma limitação, e não o contrário. Você, por outro lado, foi criado para ser amado. Assim, para você, viver como se não fosse amado é uma limitação, e não o contrário. (…) Viver sem ser amado é como cortar as asas de um pássaro e tirar sua capacidade de voar. (…) A dor tem a capacidade de cortar nossas asas e nos impedir de voar. (…) E, se essa situação persistir por muito tempo, você quase pode esquecer que foi criado originalmente para voar.
Entender que Deus não nos criou para que O amássemos, mas por que Ele nos amou primeiro é um grande desafio. Você e eu fomos criados para sermos amados, e quando não entendemos que nascemos para isso somos como pássaros que foram criados para voar, mas não usam as suas asas. Isso fere o meu entendimento humano. Mike Bickle (uma das minhas grandes referências) diz que “o nosso valor não é determinado por nossas ações, mas por Quem nos deseja”. Essa frase também fere o meu entendimento humano. Como pode existir amor assim? O mais engraçado, ainda, é perceber que a analogia do pássaro que não usa as próprias asas me acompanha há muito tempo.
Essa é uma das ministrações que mais tocam o meu coração. Há dois anos, sempre que escuto essa canção caio em lágrimas. Gostaria de compartilhar isso com você e espero que toque o seu coração como toca o meu.
Precisamos entender quem somos: imagem e semelhança de Deus. Isso me faz entender que para entender quem sou e conhecer a mim, preciso buscar conhecer a Deus, pois ter um encontro verdadeiro com Ele me fará ter um encontro verdadeiro comigo mesma e com o propósito pelo qual fui criada. Me fará compreender de que tenho sede, o que me machuca, onde encontro a verdadeira felicidade.
Senhor, me ajude a entender que sou alvo do Seu amor. Ensina-me a me enxergar com os Seus olhos aqueles que o mundo rejeita e torne os Seus pensamentos sobre mim, meus. Eu não nasci para viver sem saber que Sou o desejo do Seu coração. Que fui criado(a) pra ser amado(a) por Ti. Traga revelação. Quero conhecer o Seu coração.
Em nome de Jesus, amém.