Não me arrisco ao afirmar que, muito provavelmente, essa seja uma das fases de maior descoberta que já passei até aqui. É engraçado olhar para si mesmo e conhecer os seus limites, saber as coisas que alimentam o seu coração e prever o modo que você poderá reagir diante de grande parte das situações na sua vida. De fato, o Senhor nos conhece muito mais que nós mesmos, afinal, Ele mesmo nos formou com suas próprias mãos. De fato, aproximar-se do Senhor é uma jornada de conhecimento de Deus e de nós mesmos. De fato! Estou vivendo essas coisas.
De Ti, para Ti.
A jornada em direção à maturidade te ajuda a compreender quem você é abandonando as suas lentes de entendimento e aderindo às Dele, mas é importante perceber que não é uma jornada que você enfrenta para benefício próprio. O sofrimento, o crescimento e até mesmo as suas alegrias não são para sua própria satisfação, mas para Ele (e, consequentemente aos outros). Se os meus processos de desconstrução não transformarem meu relacionamento com as pessoas e a maneira que eu me dedico à elas, eles são inúteis.
A provação que gera maturidade é aquela que cura quem você é para que você libere cura sobre as pessoas. Não é um jogo de sofrimento ou um estado de permanente tristeza. Não somos mais espirituais que aqueles que não tem o hábito “consertar suas fraquezas” como temos.
Olho hoje para a igreja de Jesus e percebo um movimento que está encaminhando os filhos amigos do Papai para constantes processos de poda e desconstrução (mesmo aqueles que não estão ligados aos movimentos na internet, caso você pense que isso é muito orgânico). Estamos arrancando as ervas daninhas dos nossos corações e aprendendo a preencher todas as lacunas com o perfeito amor e devoção dedicados à Cristo, e tem sido verdadeiramente incrível fazer parte disso tudo. Mas é preciso muito cuidado.
Não fomos criados para viver nos vales de ossos secos, mas para passar por eles e sairmos vitoriosos.
Quando me refiro aos vales de ossos secos, me refiro às nossas próprias tristezas e frustrações. Às nossas noites escuras da alma e às nossas lágrimas. Tenho aprendido a importância de vencer os momentos difíceis e tomar as bandeiras de cada uma das fases difíceis que fui submetida com grande júbilo e carregando em mim a convicção de que não precisarei mais passar pelas coisas que me encaminharam aos meus momentos de dor. E por que? Porque é necessário aprender. E aprender algo novo, implica mudança de pensamento e comportamento. Você não conhece algo novo e continua o mesmo: a novidade sempre muda algo em você.
É hora de deixar o Agricultor colher os bons frutos da Sua vinha. E que as nossas dores produzam um aroma agradável aos que se alimentarem de cada uma das situações que fomos submetidos. Quanto a nós? Alegria! Somos profundamente desejados pelo Senhor da videira. Permaneçamos conectados a ela, dependendo do Seu amor e infinita bondade.
Ele é digno de cada um dos nossos sofrimentos e alegrias.